_Jararaca.
Casei com uma
Jararaca. Pense numa mulher venenosa! Não há jeito da minha mulher mudar. Nem
mesmo a crença que ela professa. Vive na igreja; babando o pastor. Mulher
venenosa igual não tem. A bíblia debaixo do braço, mas a língua é puro
arsênico. Somente abre a boca pra amaldiçoar as pessoas, de sua família, e
também de sua congregação religiosa. E comigo ela me xinga, detrata, me deixa no
chão. A minha autoestima acabou por causa dessa mulher do cão. Nosso casamento
foi há mais de dez anos. Quando a conheci, o pai dela veio até mim e me
alertou:
“_ José, minha filha
tem um gênio horrível. Quem avisa, amigo é. Depois, não diga que não sabia.”
Não dei ouvido, pensei
que fosse apenas brincadeira do velho.
Que nada! A Salustiana é uma
peste! Hoje vejo o quanto fui tolo em não ouvir o alerta de seu Mário, o pai da
serpente. O seu mau gênio pira qualquer pessoa.
“_ Jararaca é o que
você é!” _ já lhe disse várias ocasiões; inclusive perdi as contas. A mulher
tira qualquer um do sério.
“_ Jararaca, cansei
vou embora! _ gritei após uma das suas.
Acabou tudo. Ela fosse
envenenar outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário