quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Ciúmes



Graças a Deus, nunca tive! (Penso que é preciso muito 'cacife'!)
Eu sempre me deparei com tal sentimento
Pense numa paranoia! E quanto constrangimento!
Penso que isso é coisa de doido e de patife!

Sim, pois só numa cabeça insana
Algo tão louco! Já sofri muito com essa doideira!
Só sabe o que seja, quem já vivera
Tal horror em mãos tiranas.

O que é passar por um apuro desses?!
Digo-lhes: que é pior do que morrer!
Eu já passei! Mas bastara de sofrer!

Ciúme é coisa de gente ruim!
Já que, quem disso cuida, disso usa!
E tal encrenca é da cabeça que acusa!

sábado, 25 de outubro de 2014

Ovídio como inspiração



Amor, pra mim, só de verdade!
Píramo e Tisbe são modelos disso
Enfrentaram a morte com propriedade
Tudo pra viver um compromisso.

Amor é isso: enfrentar as vicissitudes da vida
Aquela coisa, 'na alegria e na tristeza'
Aguentar as agruras da lida
E não titubear! Cada dia ser uma fortaleza!

Eles superaram seu destino macabro
Caíram na cova do leão
Mesmo assim, foram firmes na força do coração.

O Amor fora-lhes a inspiração!
Até hoje, no mundo, eles são nossos arquétipos
Concebidos, pelos jovens, como estereótipos.  

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Galera fraca




Têm uns machos que se acham os tais!
Batem em criança, mulher, e gente da 3a. idade
São uns mal caráter, as beldades!
São uns delinquentes fracos e bossais!

Dão muita pena, porque um dia a casa cai!
Eles encontrarão um homem musculoso
Que lhes dê o maior pau! Aí, quero vê as dos gostosos!
Vão saber que isso não se faz!

Pra mim, essa galera é mais que frouxa!
Dão uma de homem, mas calçam 38!
Tais trogloditas são uns trouxas!

E, na cama, deitam pro lado e dormem!
Não fazem nem cosquinhas!
Isso são lá homens...!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Plagiando Horácio



Para eu ganhar os sufrágios, mesclo o útil ao agradável:
Fascinando e instruindo o meu leitor
A minha Poíesis é isso, amor!
Gozou?! Pois, é irremediável!

Apropriei-me de suas ideias levianamente
E sei que me dei muito bem
Tanto assim, que me sinto um tanto além
Se não gostou, peço-lhe mil desculpas;humildemente!

A gente só dá o que pode!
Eu possuo muito pouco
Resta, portanto, uma coragem de louco!

E, se a loucura é meu pecado
Confesso-lhe, o peso dos meus ombros
Creio, que não lhe provoco algum assombro.


Teatro do absurdo




Com o estatuto da criança e do adolescente
A gente vê pivete que não saiu das fraldas
Xingando pai e mãe! Um verdadeiro desplante!
Abrimos as pernas às baldas!

Hoje, o adolescente tem direito de fazer o que bem quer!
Exemplo disso, é sair por aí estuprando, roubando e matando
Depois, não é punido como deveria ser
Isso é a prática no nosso país; e ainda, sai esnobando.

A Justiça brasileira precisa ser urgente revista!
Que cumpra a jurisdição com competência!
Pois, os jovens tão matando a três por quarto; que indecência!

Pior, é que fica por isso mesmo!
Esses delinquentes sanguinários deviam ser punidos
Iguais aos de crimes hediondos! Quiçá, a punição tolesse tais bandidos!                                                                              

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Filho de Maria Ruela, Maria Ruela é!



Isso não sou eu que digo, mas os deterministas
Laplace - pré-determinista - o deísmo e o behaviorismo
Dita a cadeia causal! No pós-determinismo
Projeta-se, via imaginação. Vide determinismo-mecanicista.

Sabe-se que o homem é convivência
Os filhos são marcados pelo laço umbilical da mãe
Por isso, a mãe é superimportante; até mais que o pai!
Assim, é mister consciência!

Especialmente, não ser fariseu
Falar uma coisa, e fazer outra
A mente das crianças capta o que, ao redor, viveu!

As coisas, na cabecinha delas, são computadas
É como se aquela tivesse no piloto automático
Processadas, não poderão ser desconfiguradas.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

As Balzaquianas



Mulherzinhas mal-amadas...!
Até bonitas, mas sabem...
Por que tão infelizes, essas condenadas?!
Eu sei, elas são balzaquianas, as pobes!

Elas são até, bastante, afeiçoadas!
Umas louras que dão pro gasto...!
Apenas tão precisando de Deus, as coitadas!
Só sendo, né...! Apois, assim seriam contempladas por Jesus Cristo!

Ao contrário, vão ficar chupando dedo, e desesperadas!
A mulher, depois dos trinta, já é coroa
E homem só gosta de minininhas! Serão trocadas por uma de 20; na boa!

Nada que não tenha conserto!
O meu conselho é: trocá-los por 2 de vinte!
Os nojentos voltarão, nas últimas, trôpegos e doentes.

sábado, 18 de outubro de 2014

Adeus ingrato




Tu não vais mais me ter
Eu não quero mais você!
Chega de bancar o meu esposo
Estou farta, quero alguém mais gostoso!

Já chega de viver essa vida desgraçada!
Estou mais que transtornada
Com essas brigas, e essa abstinência sexual
Quero o divórcio e que seja consensual.

Vou-me embora, desejo ser amada
Ter alguém que me ame de verdade
Nosso casório já era! Hoje é fogueira apagada!

Mesmo porque você apagara
O restinho que restara
Com aquela quenga safada que arranjara.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Além disso, é perigosa



Ela não se cansa de ser vadia
Disponível 25hs. por dia
Livre pra fofoca, deboche e fanfarrice
Uma lavagem de roupa bem que ela merece.

Viver é bom, mas vadiagem demais deve enjoar
Dar tédio; é de matar
O dia é longo; 24hs. é demorado
Ficar inventando azarações é demasiado.

_Fora preguiça! Saindo já!
É preciso sair dessa!
Apostar num futuro, sem essa.

Quem sabe, um tanque com bastante roupa suja
Água, sabão e braços fortes pra esfregar
Já era de bom tamanho! Ai, vai encarar?

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

“-Rapariga”



Tem mulher que gosta dessa alcunha
Do marido chamá-la assim! Eu nunca gostei!
Homem meu tem de ser macho! Oh, se tem...!
Eu boto fé na 3a. perna, mas se liga Chanha!

Agora, viver a vida numa baixaria dessa!
Só sendo mulher de bandido!
É porque gosta mesmo desse dito!
É amor demais pra tá nessa...!

A merda é que tem de ter saco!
Ouvidos moucos, e... não crer no próprio taco!
Eu já havia enfeitado a testa desse idiota.

Umas galhas das boas lhe cairiam bem!
Queria ver o babaca ir além
Enfeitá-lo, na testa, pra saber como é baum.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Zé Limeira no trombone



O Poeta do absurdo
Fora homem inventivo
Vivera em Teixeira na Paraíba
Negão, alto e muito criativo
Ótimo na arte de improvisar
Forro, antes cativo.

Fizera muita cantoria
Nos bordeis e feiras de Campina
Não havia quem não o conhecesse
Em seus dedos, vários anéis de platina
Um lenço vermelho no pescoço
Reconhecido, inclusive, na Palestina.

Pense num Poeta Porreta!
Poetizara por todo Sertão
Não gostava de conversa fiada
Ligado só no seu ganha-pão
Afeito apenas à poesia
Ganhara fama e galardão.

As muieradas todas apaixonadas
Pelo charme daquele homenzarrão
Ele não queria nada com ninguém
Ele era afeito ao seu coração
Fiel a quem o amava
Não ligando pra aquela azaração.

Eita, Poeta Porreta!
Até hoje muito querido
Nós lhe agradecemos
Cantara sonhos contidos
Em seus versos e poética
Seus repentes jamais serão esquecidos.

No lombo dos burricos
Levara a poesia a todas paragens
Ficará, pra sempre, na nossa lembrança
Ele não tinha pabulagem
Fora um paraibano do bem
Um figuraça!Conhecê-lo fora uma viagem!

Ele era mesmo o próprio absurdo!
Por isso, boto a boca no trombone
Mas, sei que Tejo fora bem além
Empacotara os versos dele em papel-celofane
Embalara até deliciosos rocamboles
Chamando pra comes e bebes por telefone.

Concluindo, meus parabéns
A todo meus conterrâneos!
Pois, é muita sorte
Um Poeta com absurdos instantâneos
Não é pra todo mundo não!
Isso é fora de série e de muito tutano.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Dádiva de Deus



Cantar a beleza da vida
No dia a dia, é dever
Dom divino, à nossa mercê
Mais, muita fé nessa vida bandida.

Contemplemos a natureza
Lá, encontra-se todo bem
À luz do sol, e da lua somos zen
Ó, Natureza, quanta beleza!

Viva à vida!
E cada sopro de nossas narinas!
Sejamos águas cristalinas!

Assim, por tudo acima desse chão
Agradeçamos a Deus todo bem!
Hoje e sempre, amém.  

Espelho, espelho meu...



Espelho, espelho meu: - Diz-me se existe alguém mais linda do que eu?
Sim, a Bethinha ainda não morreu.
Oh, que peninha!
Estou mesmo tristinha!

Espelho, espelho meu....
Quanto ódio o teu!
Não posso aceitar, só sinto
Nem por isso, tomarei absinto

Estou depressiva, e sem ilusão
A partir de hoje, viverei no empurrão
Porém, não abrirei mão da minha felicidade.

Está fora de cogitação
Viver igual boiada, alienada
Que encontrara porteira quebrada.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Um sonho, uma vaidade



Sonho que sou uma Poeta maravilhosa
Quanta vaidade!
Sonho que, nos quatro cantos do mundo, leem-me com seriedade
Quanto sou vaidosa!

Sonho que, minha poesia voa alto
Alçara voo aos céus
Sonho que, ganho o Prêmio Nobel
Sou, sem dúvida, narciso; me sobressalto.

Isso, aí, já é um desvario
Sonho que, há leitores em meu encalço
Nesse mundo líquido, me liquefaço.

Sonhar é preciso, viver não é preciso!
Há sempre uma vaidade nisso
Nessa babel de vivos, sempre há disso!


domingo, 5 de outubro de 2014

Eu sou Lourdes Limeira



O meu nome é Lourdes Limeira
Uma paraibana arretada
Com muito orgulho de ser nordestina
Tenho cabeça chata (sei); mas também, pela escrita sou tarada
Taí, sem querer ser esnobe, já sendo
Vivo conforme à moral kantiana; sou danada!

O meu nome é Lourdes Limeira
Não desejo ser uma pessoa chata
Mas, sei que nem Cristo agradou 100%
Eu também não agradarei; especialmente, pois digo na lata
Muitos não me querem bem
De boa, já consta em minhas atas.

O meu nome é Lourdes Limeira
E Limeira rima com Pereira
Gente que fez história na nossa PB pequenina 
Até lampião tinha medo dessa gente guerreira
O sangueiro batendo no joelho
Virge N. Senhora, quanta leseira!

O meu nome é Lourdes Limeira
Eu fui muito bem criada na verdade
Seu Zé e D. Maria me ensinaram tudo que eu precisava
Vivo com simplicidade
Não desejo as coisas alheias; e nunca fora invejosa
Não sou mais do que ninguém; procuro usar e abusar de equidade.

O meu nome é Lourdes Limeira
Sei que sou do bem e da verdade
Pra mim, o racional é o real
Como dizia Hegel, 'não a irracionalidade'
Assim, vivo de bem comigo e com meu próximo
Sou o que sou; tenho dignidade.

O meu nome é Lourdes Limeira
Já vivi de um tudo nesta vida
Já me estupraram, perseguiram e escorraçaram
Tantos disparates e desdita
Hoje sou mais eu; não te ligo
Tô de boa, nessa vida; sou aguerrida.

O meu nome é Lourdes Limeira
Quem não me conhece, não sabe o que está perdendo
Sou uma Poeta de primeira grandeza
Sei que dirão que não sou modéstia; eu continuo dizendo
Se alguém não gostar, não posso fazer nada
Tô me lixando, se estou aborrecendo!

O meu nome é Lourdes Limeira
Desde do batismo, espevitada
Dando trabalho pros meus pais
Quanto interesse às coisas globalizadas
Às TVs, o povo do mundo é massificado
E  as notícias deixam de ser consagradas.

O meu nome é Lourdes Limeira
Aqui na PB, Limeira tem em todo lugar
Fazendo sempre arte
Estrepolias, poesias; fazendo o povo sonhar
De tantas e mirabolantes mungangas
Quem não conhece Zé Limeira? Sabem que ele virou Lenda Popular?

O meu nome é Lourdes Limeira
Eu não fujo à regra; também, faço de um tudo:
Fabulo, poetizo, parodio; e muito mais, como gilete
Tô na área, como todos Limeiras matuto
Não sou Lenda, ainda.Mas...
Sei que serei (sobretudo).

sábado, 4 de outubro de 2014

Histórias de cachorro



Há uma bem clássica
A de Ariano, em sua obra máxima
Em O Auto da Compadecida
A morte da cachorra é conhecida.

Virou moda cemitérios de animais
Quanta falsidade! É demais!
Inclusive, há até cremação dos bichinhos
Fazem velórios com comes e bebes; tadinhos...!

Por que isso, se o seu semelhante é tão relegado?!
Acho tudo isso uma aberração
Quanta heresia há nessa ação!

Não dá nem pra entender!
Esses e outros contra sensos
Convenhamos, é muito dissenso.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Quase virara pedra



O moreno fora embora
Ele estava noutra
Aí, não dera outra
Fui atrás dele, pois não queria ficar de fora.

Porém, como ele se escafedeu
Então fui tragada por outras águas
A Poesia revirara minhas anáguas
Peguei caneta e papel; e num é que aconteceu.

As minhas mágoas entraram por outras linhas
Muitas coisas ficaram nas entrelinhas
Até secaram as minhas lágrimas.

Nesses papéis cheios de letras
A Poesia me salvara; eu não virei pedra
E, assim, tome Poesia!