Há quanto tempo ouço falarem
da seca e de suas consequências? Pobres miseráveis que passam o maior perrengue
na época da estiagem. O que fizeram nesses últimos cinquenta anos, de concreto,
pra debelar, ou talvez minimizar o sofrimento desses que passam por essa
catástrofe que assola o sertão? Quais as políticas públicas efetivas
empreendidas em prol desse povo sofrido e tão carente? Quais as secretarias
estaduais e municipais que atendam prioritariamente essa parte do estado tão
arrasada por esse fenômeno climático destruidor? Quantos políticos paraibanos encaparam
essa luta que não é de um, nem de dois, mas de todos? Governadores, Senadores,
Deputados, Vereadores? Quantos empreendimentos foram realizados para, ao menos,
minimizar a carência total do povo que passa por esse mal? Como: pesquisas,
estudos, empregos, ajuda do tipo um polo industrial etc.?
Quantos já enricaram com o
dinheiro destinado a sanar esse fenômeno? É, porque sabemos que muita grana destinada
à seca paraibana é, foi e será uma fonte de muitos se locupletarem. Quantos
políticos, com certeza, não usaram desse lema como meio de se elegerem, e
depois nem se lembraram do compromisso assumido? Quantos mais abarrotaram ou
abarrotam suas contas bancárias com o dinheiro destinado a essa mazela que é
premente solidariedade? É, porque se sensibilizam com a África, o Timor Leste, a
guerra do Iraque e por que dão às costas ao seu próprio povo?
A Paraíba não pode continuar
sendo uma terra de ninguém, no ‘meio do nada’ como é considerado pelo sul e
sudeste do país. Pra isso o seu povo tem que se dar mais valor e mudar de comportamento,
ter mais autoestima. Não é separar o país como há algum tempo fora proposto;
não. É preciso entender que podemos construir uma outra realidade, se quisermos.
Acreditar no nosso potencial. A Paraíba pode como Bahia, Pernambuco, Ceará, e RGN!
A começar por nossa televisão; ela precisa ser mais nossa; inclusive, com
programas com roteiros, temas, gente, cara nossa etc. Assim, quem sabe a mídia
propicie uma revolução de massa, já que nunca se fez nem será feito pela
educação.
A Paraíba não pode ficar à margem
do progresso da nação. Por isso conclamo a todos meus conterrâneos: vamos à
luta!
“NOSSO SONHO É NOSSO! NÃO
PODEMOS VIVER A VIDA INTEIRA, VIVENDO O SONHO LÁ DO RIO E SÃO PAULO.”
Portanto, cabe a nós a nossa
parte.
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