Difícil viver em paz num
mundo violento como o nosso! A violência é a matéria do dia. Assassinatos hediondos;
latrocínios com requintes de crueldade. Tudo isso tira o sossego das pessoas
hoje em dia. Ontem, à tarde, mesmo, acontecera mais um ato de violência, atiraram
na Taís, companheira e uma das proprietárias do Salão de beleza ‘Chic até
debaixo d’água’. Um doce de pessoa! Vivia pra família e pra trabalhar. Moça
supertranquila. Na hora, descontrolara-se e reagira ao assalto; não esperava por
aquela, que aquele garoto frágil estivesse com um revólver no bolso. Deu-se
mal; o tiro pegou bem no peito da pobrezinha. Levaram-na para o hospital, porém
chegara a óbito a caminho. Triste fim de alguém que só desejava trabalhar pra
sustentar o filho. O menino ainda a
esperava como sempre. Com aquele sorriso nos lábios e abraços de montões. Era
sempre aquilo quando a Taís voltava pra casa lá pelas tantas da noite; exausta,
mas com muito amor no coração, louca de saudade do seu filho querido. O Príncipe
de sua existência sacrificada. A única
razão de ser na sua vida.
_ Mainha, tem um policial aqui,
procurando pela senhora. – Regina, minha filha, avisando-me por celular.
Mesmo que não fosse intimada
pra depor, iria procurar a delegacia mais próxima pra testemunhar o caso, pois
além de presenciar o fato, a Taís era minha amigona. Éramos quase irmãs. Desde crianças, estivéramos
juntas em tudo por tudo. Inclusive, éramos sócias do
negócio. Éramos carne e unha. Não era nessa hora crucial de sua vida que iria
me safar. Outra coisa, dera-me muita dó vê-la estirada naquela poça de sangue. Tal
cena me indignara. Vê-la daquele modo; fora de uma tristeza sem tamanho. Minha
amiga Taís não merecia aquele fim não! Tão nova! Tão cheia de sonhos!
Infelizmente, no nosso país, as penas são pequenas pra criminosos tipo aquele,
menor de idade. Vamos e convenhamos, quando a impunidade vai acabar no nosso
país? Matara alguém? Teria que pagar fosse a idade que fosse. Sem essa de passar a mão na cabeça de
assassino. Ainda mais porque hoje a criança já nasce quase falando e andando. As
coisas do mundo mudaram, somente não mudam as leis do homem. Infelizmente as leis brasileiras somente favorecem à criminalidade e à bandidagem.
Digo mais, leitores, tenho
muita pena do Roger, o filhinho da Taís, o inocente já não tem o pai por perto,
e agora mais essa, ficara órfão também da mãe. Tão pequeno, e tão triste vai
ficar sem o amor materno.
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