Pra
quem ama, tudo lhe é bonito
Pode
ser igual macaco
Fedorento
que nem gambá
Mas,
quando se ama é Pacco
É
perfume internacional
E
não se dá mais pitaco.
Veja
como é o amor materno
O
filho é feio que nem sapo
Mas,
aos olhos da mãe, é príncipe
Diz-nos
até que são a Gestapo
Se
o chamarem de caolho
Aí,
sim, a mãe fará aquele barraco.
Há
homem que arrasta uma asa por uma mulher
Dá-lhe
rosas, joias; faz-lhe a corte
Porém,
se a peste o rejeita
Vira
bicho; dá até coice
Ainda
diz que é amor...!
Ó,
infeliz das costas ôca!
O
amor é mesmo cego!
O
feio parece-lhe bonito
Vira...mexe...dezarreda!
No
capricho, até periga
Mas,
a mulher feia desconjuro; arrenego
Não
há quem a faça linda por seu pejo.
Chova
ou faça sol
Ao
amante, é igual
A
mulher tem que ser fiel
Não
lhe dê um par de chifre no frontal
Pois
se o fizer, está lascada
Ele
vira um bicho descomunal.
Coisa
feia é a dona coruja
Porém,
pra sua mãezinha, ela é a mais bela
Dos
animais da floresta, é-lhe a princesa
Tem
gosto pra tudo nesse mundo; quero vê-la...
Mãe
quando é mãe pinta o sete; arregaça
Ninguém,
por isso, há de constrangê-la.
O
Bicho pega!
Se
ao filho, dizem-no que é feio
Logo
as mães viram a mesa
Dá
cachorro em dezoito; arrepio
Êta,
cilibrina!
Quem
não quiser apanhar, saia de fininho!
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