Minh'alma ainda chora de
vê-lo
Ali, no chão, tombado!
Cinquentenário e assim mortificado! Sinto
No peito, a motosserra!
Oh, cruel desmantelo!
Foste o melhor convívio
nesse lugar!
Mas, a usura humana o
matara
Oh, dor! É uma dor
mortífera
Cá dentro. Não consigo
nem respirar!
É o progresso que chega
e que acaba com o homem
É avassalador e não tem
limite
A gente só fica
esperando além.
Oh, meu cajueiro, mil
perdões por mim e por eles!
O meu bairro, hoje, está
ainda mais feio e triste!
Tu nada eras, a não ser
a pedra no sapato deles.
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