O Poeta do absurdo
Fora homem inventivo
Vivera em Teixeira na
Paraíba
Negão, alto e muito
criativo
Ótimo na arte de
improvisar
Forro, antes cativo.
Fizera muita cantoria
Nos bordeis e feiras de
Campina
Não havia quem não o
conhecesse
Em seus dedos, vários anéis de
platina
Um lenço vermelho no
pescoço
Reconhecido, inclusive,
na Palestina.
Pense num Poeta
Porreta!
Poetizara por todo
Sertão
Não gostava de
conversa fiada
Ligado só no seu ganha-pão
Afeito apenas à poesia
Ganhara fama e
galardão.
As muieradas todas
apaixonadas
Pelo charme daquele
homenzarrão
Ele não queria nada com ninguém
Ele era afeito ao seu coração
Fiel a quem o amava
Não ligando pra aquela azaração.
Eita, Poeta Porreta!
Até hoje muito querido
Nós lhe agradecemos
Cantara sonhos contidos
Em seus versos e
poética
Seus repentes jamais
serão esquecidos.
No lombo dos burricos
Levara a poesia a todas
paragens
Ficará, pra sempre, na
nossa lembrança
Ele não tinha pabulagem
Fora um paraibano do
bem
Um figuraça!Conhecê-lo fora uma viagem!
Ele era mesmo o
próprio absurdo!
Por isso, boto a boca
no trombone
Mas, sei que Tejo fora bem além
Empacotara os versos dele em
papel-celofane
Embalara até deliciosos rocamboles
Chamando pra comes e
bebes por telefone.Concluindo, meus parabéns
A todo meus conterrâneos!
Pois, é muita sorte
Um Poeta com absurdos instantâneos
Não é pra todo mundo não!
Isso é fora de série e de muito tutano.
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