Livro: O Alienista em cordel
Autor: Medeiros Braga
Imprell Editora, 2008
O que é Cordel:
Cordel é um tipo de poema popular, exposto para
venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome Portugal. No
Nordeste do Brasil, o nome foi herdado, porém os folhetos brasileiros poderiam
ou não estar exposto em barbantes. Poemas de cordel são escritos em forma de
rima e alguns são ilustrados. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos
de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem
leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis
compradores.
No Brasil, a literatura de cordel é encontrada no
Nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do
Norte e Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios
autores. Hoje também se encontra em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas
Gerais e São Paulo, e são vendidos em feiras culturais, casas de cultura,
livrarias e nas apresentações dos cordelistas.
Cordel também é a divulgação da arte, das tradições
populares e dos autores locais e é de inestimável importância na manutenção das
identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a
perpetuação do folclore brasileiro.
(www.significados.com.br/cordel)
(www.significados.com.br/cordel)
O Alienista em cordel, do autor Medeiros Braga, é um lindo livro.
Une popular ao erudito. Obra que comemora o centenário da morte do maior
escritor brasileiro Machado de Assis.Essa obra paraibana tem peso
nacional, já que se baseia no Alienista, best-seller desse monstro da
literatura brasileira. Pode-se dizer que, Medeiros Braga se supera nesse cordel;
ele que tem pra mais de 60 títulos; vem com isso, brilhantemente, contribuir no
processo de popularização da literatura erudita.
O Autor Medeiros Braga conta com
variado acervo; desde romances, poesias e livros de economia. Cordéis relevantes
O Cordel do Manifesto Comunista; Leon Trotsky: Vida e Morte, Ariano Suassuna
dentre outros.
Sua obra “O Alienista em cordel” apresenta-se
toda em sextilhas; forma pertencente às criações dos poetas clássicos. Traz, ainda, no bojo cordelista, toda picardia machadiana através do
protagonista Dr. Bacamarte Simão. Observe-se: “Do protagonista que é/ Dr. Simão
Bacamarte/Mostra o autoritarismo,/O seu poder baluarte/De decidir sobre a
sorte/Dos outros por toda parte.” (p.18)
Além disso, oferece uma breve biografia do Machado e também o seu lado poético, tudo em 100 páginas de tirar o fôlego de qualquer leitor. “Daquilo que não escreveu/Dá Machado a entender/ A hipocrisia política/ De alguém que quis vencer,/E a falsidade na prática/ Quando se chega ao poder.” (p.77)
Além disso, oferece uma breve biografia do Machado e também o seu lado poético, tudo em 100 páginas de tirar o fôlego de qualquer leitor. “Daquilo que não escreveu/Dá Machado a entender/ A hipocrisia política/ De alguém que quis vencer,/E a falsidade na prática/ Quando se chega ao poder.” (p.77)
Sem mais delongas, concluo recomendando a todos
essa dica, pois tudo que eu lhe disser, caro leitor, não direi um terço daquilo que irá encontrar
nessa preciosidade de obra. Portanto, deixo aqui os meus mais sinceros
parabéns ao autor Medeiros Braga por tal façanha. Que sabemos não fora tarefa fácil.
Poxa, procurava uma resenha de algum poema de cordel e achei isto,este texto lindo , que traz tudo o que eu preciso para meu trabalho, além de descobrir sobre o livro que ainda não tinha visto.Agora é procurar o livro e conhecer melhor a obra de Medeiros Braga, pois O alienista já conheço e vai ser ótimo ler um cordel sobre ele.Parabéns, autor.da resenha.
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