quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A CIDADE SOMOS NÓS




A capital da Paraíba, cidade contraste, antigo e moderno; destino de culturas desde sua origem até os dias atuais.


                                          JOÃO PESSOA


Fundada em 1585, já nasceu cidade sem nunca ter passado pela designação de vila, povoado ou aldeia; visto que foi fundada pela cúpula da Fazenda Real, numa Capitania da Coroa. É considerada a 3ª. Cidade mais antiga do Brasil.
No início da colonização, quando a colônia brasileira foi dividida em Capitanias Hereditárias, grande parte do atual território paraibano situava-se na então Capitania de Itamaracá, sob o domínio de Pero Lopes de Souza. Posteriormente, essa Capitania foi desmembrada, tomando forma a partir de uma colina à margem direita do Rio Sanhauá.
A cidade de João Pessoa teve vários nomes antes da atual denominação. Primeiro, foi chamada N. S. das Neves em 05 de agosto de 1585, em homenagem ao santo do dia em que foi fundada. Depois, Filipéia de N. S. das Neves, em 29 de outubro de 1585, em atenção ao rei da Espanha D.  Felipe II, quando Portugal passou ao domínio espanhol. Em seguida, recebeu o nome de Frederikstdt (Frederica), em 26 de dezembro de 1634, por ocasião da sua conquista pelos holandeses, em homenagem ao Príncipe Orange, Frederico Henrique. Novamente mudou o nome, desta vez passa a se chamar  Parahyba, em 01 de fevereiro de 1654, com o retorno ao domínio português. Em 04 de setembro de 1930, finalmente recebeu o nome de João Pessoa, homenagem prestada ao presidente do estado.
João Pessoa se transformou, recentemente, numa das capitais nordestina mais bonita; com um potencial artístico-cultural de dar inveja a muitos polos turísticos do país. Celeiro criativo de toda sorte, poetas, músicos, pintores, escultores, arquitetos, dramaturgos, cineastas, sonhadores dos mais variados setores, com inúmeras facetas de interpretação da vida, fazendo dessa cidade um referencial reconhecido por todos.
João Pessoa tem suas perspectivas abertas pra aqueles que queiram realizar seus objetivos, sem necessitar renunciar suas origens. Um passeio por suas ruas ver-se a constância da diversidade, expressada em sua gente, praças, ruas, monumentos,  etc. O Ponto de Cem Reis, no centro, é exemplo disso: ritmo e vitalidade, sem dúvida, o retrato da convivência dos pessoenses; cidade aprazível em tudo por tudo,  como: restaurantes, bares, igrejas, etc. O Parque Solon de Lucena, ponto de convergência dos habitantes citadinos; é simbólico e apreciável pra todos da capital.
Além do mais, a meia hora de carro, encontram-se belas praias como a de Tambaú, com 8km de extensão de águas verdes-azuladas. Bem como, situa-se Picãozinho, recanto turístico de beleza natural. EmTambaú  se localiza o Hotel Tropical Tambaú que possui quadras de tênis, bares, restaurantes, salão de convenções e uma galeria de lojas, cinema, cabeleireiro entre outros.
Próximo ao Hotel Tambaú está a Feirinha, ponto de encontro dos turistas; o Mercado de artesanato com vendas de souvenirs, roupas, e um amplo leque de lugares com a gastronomia local, stands de quitutes saborosos. João Pessoa é mesmo uma cidade privilegiada; oferece outras tantas praias no seu litoral: tais como: Cabo Branco, Manaíra, Bessa, Mar do Macaco (praia de surf), Poço, Formosa, Camboinha etc.
João Pessoa a 3ª cidade mais antiga do Brasil e a mais querida por nós, seu povo.
Viva o povo pessoense! Viva a cidade João Pessoa!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Resenha:A Bagaceira ganha adaptação de escritor paraibano





A Bagaceira, de José Américo de Almeida
Adaptação: W. J. Solla
Direção: Fernando Teixeira
Elenco: Elton Veloso; Walmor Pessoa; Kilma F. Bezerra; Tião Braga; João Dantas; Sebastião F  ormiga; Maria Betânia; e Damião Rodrigues
Capa: Fotos Dagoberto - Fabiana Veloso
                     Soledade – Gilberto Stuker
Fundação Cultural de João Pessoa
Apoio: FALTEC

SONETO CV
Não chame o meu amor de Idolatria
 Nem de Ídolo realce a quem eu amo,
     Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
                                    (Wiliam Shakespeare)

A Bagaceira, adaptação do escritor W. J. Solla, ensaio teatral sob a direção do teatrólogo Fernando Teixeira; obra produzida, na década de noventa, por ocasião de sua dissertação de mestrado.

O texto reproduz, em formato dramático, o romance considerado como marco inicial da Literatura Brasileira Regionalista. História contemporizada à fase de intensa seca no nordeste.

Trata-se de uma tragédia contemporânea aos séculos XIX e XX, enfocando uma briga, de ferro e fogo, entre pai e filho por causa de um ‘amor sem futuro’. A pretendente, além de ser pobre, era também de cor escura.  Lúcio, filho do senhor de engenho, e ainda doutor-advogado se apaixonara pela filha de um dos empregados da fazenda do pai. 

Soledade, filha de Valentim, na verdade, era prima de Lúcio, daí a semelhança com sua mãe   morta; o pai dela era irmão da mãe do iozinho; enigma destrinchado apenas no desfecho final. Lúcio ao retornar da capital, onde concluíra os estudos, fora seduzido pela formosura de Soledade. Porém, chegara tarde, pois seu pai Dagoberto já havia se 'enrabichado' pela beldade Soledade; e mais, ela era sua amante. Valentim assassina o feitor Manuel Broca, após Soledade denunciá-lo pra safar o patão e amante do pai enfurecido e deshonrado.

Fragmento:
(...)
Soledade
Pois bem: foi o feitor (“cruzou os braços, acintosa”.)
Agora quero ver!...(“Silêncio aterrador”. Valentim se descontrola. Solta Soledade, vai à frente. E, rapidamente, sem Broca perceber, esfaqueia-o para espanto e terror de Soledade...) p.49

A obra é o quadro fiel expressionista marxniano e realista, onde se encontram  preconceito e fragilidades  sociais; falsos juízos de valores profícuos nos meandros das aparências e condições humanas; peculiares numa sociedade de classe de prepotentes senhores de terras com arraigados princípios; e ridículos caracteres do homem.

Assim, fecho essa breve escrita sobre A Bagaceira (adaptada pelo o eminente roteirista Solla) obra que, no mínimo, é inspiradora pra um eventual produtor teatral.
Deixo aqui os meus parabéns a todos que fizeram parte desse fabuloso trabalho.
MERDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O Brilho das palavras




As estrelas brilham alegres
Cada uma em seu lugar
Eu as chamo, e elas respondem: presentes!
Todas elas a me mirar.

O céu parece longe
Mas está pertinho a nós
É um brilho tão intenso
Que ofusca os nossos óis.

Se quisermos ir à lua
Ao sol, ao firmamento
Basta fecharmos os olhos, de boa
Voar nas asas do vento.

Sou tão pequenininha
Do tamanho dum feijão
Levo um lenço branco no bolso
Muita paz no coração.

Eu brinco de poeta
Vivo a tagarelar
Tramela na minha boca
Nunca ninguém irá botar.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Resenha: Cordel Machado de Assis


Livro: O Alienista em cordel
Autor: Medeiros Braga
Imprell Editora, 2008


O que é Cordel



Cordel é um tipo de poema popular, exposto para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome Portugal. No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado, porém os folhetos brasileiros poderiam ou não estar exposto em barbantes. Poemas de cordel são escritos em forma de rima e alguns são ilustrados. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
No Brasil, a literatura de cordel é encontrada no Nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se encontra em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, e são vendidos em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.
Cordel também é a divulgação da arte, das tradições populares e dos autores locais e é de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro.
                                                                                                             (www.significados.com.br/cordel)

O Alienista em cordel, do autor Medeiros Braga, é um lindo livro. Une popular ao erudito. Obra que comemora o centenário da morte do maior escritor brasileiro Machado de Assis.Essa obra paraibana tem peso nacional, já que se baseia no Alienista, best-seller desse monstro da literatura brasileira. Pode-se dizer que, Medeiros Braga se supera nesse cordel; ele que tem pra mais de 60 títulos; vem com isso, brilhantemente, contribuir no processo de popularização da literatura erudita.  

O Autor Medeiros Braga conta com variado acervo; desde romances, poesias e livros de economia. Cordéis relevantes O Cordel do Manifesto Comunista; Leon Trotsky: Vida e Morte, Ariano Suassuna dentre outros.

Sua obra “O Alienista em cordel” apresenta-se toda em sextilhas; forma pertencente às criações dos poetas clássicos. Traz, ainda, no bojo cordelista, toda picardia machadiana através do protagonista Dr. Bacamarte Simão. Observe-se: “Do protagonista que é/ Dr. Simão Bacamarte/Mostra o autoritarismo,/O seu poder baluarte/De decidir sobre a sorte/Dos outros por toda parte.” (p.18)

Além disso, oferece uma breve biografia do Machado e também o seu lado poético, tudo em 100 páginas de tirar o fôlego de qualquer leitor. “Daquilo que não escreveu/Dá Machado a entender/ A hipocrisia política/ De alguém que quis vencer,/E a falsidade na prática/ Quando se chega ao poder.” (p.77)

Sem mais delongas, concluo recomendando a todos essa dica, pois tudo que eu lhe disser, caro leitor, não direi um terço daquilo que irá encontrar nessa preciosidade de obra. Portanto, deixo aqui os meus mais sinceros parabéns ao autor Medeiros Braga por tal façanha. Que sabemos não fora  tarefa fácil.

domingo, 7 de outubro de 2012

Farsa do abegobado Ou Do me engana, que eu gosto


      


Cena 1
 Adalgisa passara quase dois meses somente fazendo campanha eleitoral em prol de um único voto: voto 40, do partido PDGE. Seria a primeira vez  que se elegeria uma Prefeita naquela cidadezinha. A mulher ficara 24 hs. Por dia nos meios de comunicação: Twitter; Facebook, youtube, etc.
_ Estrela é a nossa Prefeita. Votem 40!
Cena 2
Chega o dia D;  fila de votação da Zona 67 do Colégio Fernando Teixeira. Adalgisa, a  própria, é a primeira a chegar pra votar. Não dá uns 15 mins., chegam mais umas quatro outras mulheres. Uma delas com um santinho:
_ Ei, vocês já tem candidato pra vereador? Toma esse aqui; ele é meu filho.
Cena 3
Chegam à fila mais uma meia dúzia de pessoas; se aboletam ali. E a outra:
_ Ei, vocês já tem candidato a vereador? Toma esse ‘santinho’. É meu filho.
Cena 4
Chega o policial no portão e diz:
_ Olha, pessoal, tudo indica que a entrada será naquele outro portão de trás.
Povorosa geral: (revolta mesmo)
Galera 1: Não pode ser, seu policial, a gente precisa ter certeza.
Galera 2: Que bagunça é essa?! Não sabe onde é a fila?
E várias pessoas revoltadas.
Cena 5
A mulher do santinho outra vez.  Volta e agradece as pessoas que receberam os santinhos do filho dela; abraça umas mulheres, e sai. De repente, duas daquelas mulheres que estavam ali e receberam o santinho saem dizendo que votavam em outra seção e que estavam esperando o ônibus. Então a tal mulher do santinho oferece carona e as duas aceitam. A tal mulher dos santinhos ainda diz:
_ O que a gente não faz por um filho?!
Cena 6
O Portão é aberto exatamente 8 hs. como fora previsto; Adalgisa entra, cumpre com o seu dever de cidadã, indo à urna votar no 40, na Estrela sua candidata. Rapidinho vai embora, porque ainda iria assistir à missa domingueira.
Cena 7
Após a missa, já em casa, faz as tarefas triviais. Depois do almoço, à frente da TV, comendo sua sobremesa preferida, coalhada gelada; acima da sua cabeça, aviões sobrevoam numa barulheira infernal.
_ Que diabo é isso?!
Pois é, pegaram o vizinho da Adalgisa fazendo boca de urna. Era tanto policial no portão do condomínio onde morava.

Daí, Adalgisa se toca que aquele teatro todo na fila de votação fora uma farsa pra ela cair de boca; e  quebrar a cara. O plano era levá-la presa de qualquer jeito. Ela até sabia o candidato que aprontara pra cima dela. Tudo armação! Aquilo, sem dúvida, fora uma ótima farsa pra pegar abegobado.
Adalgisa felizmente se safou daquela cena ilesa. Do jeito que se empolgara com sua candidata Estrela, provavelmente, despertara o veneno dos outros prefeitáveis, os quais compartilhavam os mesmos links on-line que ela.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Poemafênix




Esta minha poesia
Não fala de amor
Não fala de afeto
Fala sim. Fala de dor.

Dor - coisa tola!
Dum amor que morreu
Amor que se perdeu
De tanto amor, feneceu.

Pranto solto de dia
Ou na calada da noite
Vinte quatro horas
Sangrara meu peito.

Não quero mais sofrer
Não vivo de passado
Ai de mim desse amor!
Essa dor passara.

Ficou somente o vazio
De um amor sentido
Lembrança ruim, sim!
Que preservo ainda
Pois fora boa outrora.


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Exegese




Um sonho eu tive quando criança
Ser uma grande cantora; mas também
Queria mil e uma outra coisa, até  
Bailarina eu seria do Boshoi
Grupo europeu; de repercussão
Internacional, eu era.

Que sonho foi aquele?! Lindo!
Fora tão lindo, mas se foi
Não tem sentido agora
Já está distante; vivo em paz.

Nada daquele sonho pra mim
Fora demasiado outrora
Porém hoje tudo acabara
Ficara para trás; é passado
Não existe mais; a não ser esse sonho
Perdido; que não viverei mais.

Finito! Sonho de uma menina
Boba como tantas outras! Céus!
Quantas fantasias nós tínhamos!
Todas entregues às ilusões
De uma história encantada
No mínimo, de fada e rainha
Eu fora tudo isso e bem mais!