quinta-feira, 30 de abril de 2015

Meus amores são pra ti, Rafaela!




Venturoso sou de amar-te
à minha alma se deleita
teus beijos, em parte
são as delicias desta feita.

_ Rafaela, minha pequena!
És todo meu encantamento!
Rafaela, doce menina!
Amar-te é meu contentamento.

O céu é nosso limite
Estás pra sempre em mim
Eu vivo pra teu deleite
Tens o cheiro de jasmim.

Rafaela! Rafaela amada!
Sou teu até o fim
Minha querida namorada
Amo-te deverasmente assim.

O Marujo surfista




Lá vem a nau catarineta
Tem muito pra contar
Minhas Senhoras e Senhores
Ouçam, a historia vai a todos agradar.

O Mar tem muitos misterios
Tantos que não dar pra acreditar
De sereias a tesouros perdidos
Muito há de se achar
Barqueiros à deriva
Sem poderem voltar
Tudo isso e muito mais
Mares revoltos, lontras
Moluscos, cavalos marinhos
Quanta magia! É de pirar!
Às bordas do horizonte
Umas pororocas pra surfar.

Surfa, surfa, Marujinho!
Nessas esverdeadas águas
Pela frente, muitas rasgadas
Mais o teu despojamento
Deslizando por sobre as ondas
Sois um lindo Marujinho
O sol te beija loucamente
A tua pele macia, morena
Nas marolas, alegres vais a bailar
A dança feliz dos pássaros
Nos céus de tua terra natal
Olhos fixo no belo espetáculo.

No litoral brasileiro
Nadarás de quando em vez
Distribuindo simpatia
Pras mulatas espoletas
Terás delas à corte
Por todaa tua beleza
Surfarás de Cabedelo
À Barra de Camaratuba
Ostentando o teu estilo
E cheiro de algas marinhas
As garotas dos lugares
Que pra cama seduzirás
Enrroladas em tuas pernas
Às pernas finas delas
Deliciando-se de caricias
Sentimento mil vivendo
Tanto é o teu gozo
Avivando as cobiças
Marujinho, Marujinho!
Sortudo vivente dos sete mares
Tua vida, tua palma
Fadado às luxurias
Já conseguiste teu lugar.

Como um anjo do céu
Tuas asas a voar
Alto, alto, lá bem longe
A se perder de vista
Acalmará os bravos ventos
Por todos os recantos.

Viva, então, bravo Marujo!
Tua graça nunca se perca
E esteja sempre firme na ação

Meu querido anjo! Anjo do surfe!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Tiramos de letra a mitológica sina do Sísifo




Ingloria e triste é a nossa pobre vida
Pois, nascemos, crescemos, e morremos
Ninguém jamais foge dessa troncha lida
E, na realeza, nos espelhemos.

Não labuta em vida, mas igual
Final tem de um reles coitado da pobreza
O seu caixão é luxo só; normal
Porém é, carcomida por vermes, com destreza.

A pedra que, no principio, era angular
Da noite pro dia, os templos são destruidos
Nada restando pra historia contar.

Por fim, nós passamos perrengues; tudo isso
As pedras rolam em vãos moídos
E Sísifo nos representa muito bem nisso.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Ode à Safo




Que vinho é esse que quanto mais se bebe
Mais, se quer beber
Estou extonteado
De que videira, a sua uva fora sacada?
Que tanto me enebria
Deixando-me tonto de amor
Amo-a perdidamente
É, sei que sou apenas teu escravo.

Rolei pelas noites a meu bel-prazer
Ao sabor fortuito do sonho
Delírios e delirios mil
Maltratava-me de paixão; iria ao inferno
Se preciso fosse
Na escuridão da noite, minha sofreguidão
Tu, amada minha
Tão distante; e eu cá apetecendo-me de prazer.

Oh amor meu, és a minha vida a palpitar!
Instigas toda lisonja
O céu, o céu, me inspira: De verdade
Amar-te é a minha própria felicidade
A paz dourada
No firmamento, uma constelação a brilhar
Aqui, na terra, os mais ardentes beijos são pra ti.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

O meu galo campeão



Ele já faz parte da família
É tanto que, divide a cama com o patrão
Esse é meu galo; é uma simpatia!
Não desgrudo, por nada, do meu amorzão.

Só num sonho encantado
As suas penas pretas brilhosas
Seu canto dar inveja a todo abençoado
Elegancia não lhe falta; e é ultraperfumado.

À minha janela, quero
Ansiosa o seu sinal
O amanhecer que tanto espero.

Desse dia pleno de felecidade e paz
Parece mais um dia de natal
Assim é! Apenas sua companhia me satisfaz.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A Palavra



Pulsa latente como materia
À espera da forma no Cosmos
Onde o Poeta a reverbera
Pois, é-lhe, seu amo.

Como falava Bilac, somos ourives
Que burilamos as palavras
Longe, bem longe do turbilhão das ruas; sabes?
Transformamo-las em joias raras.

No afã de desmistificar
O denotativo e o conotativo
Diferencial e figurativo a destacar.

E na visionaria perspectiva
Desvendar o mundo relativo
A beleza das coisas altivas.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A Voz Poética



O eu-lírico, o eu-poético
É a voz do poeta-civil-autor
A expressar, no papel, com todo amor
Seu conteúdo imagético.

A Poesia desde Aristóteles na sua Poética
Não é nada mais que mimesis
Da Literatura, toda finesse
Do Eu do autor, é sua estética.

Até os heteronimos de Fernando Pessoa
Com seus personagens distintos
O eu-lírico dá seu recado na boa.

Bloom falou dos demonios da influencia
Angustia eterna de todo escritor
E mesmo Machado sofrera dessa tal insania.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Camisa de força



É muita loucura
Crianças fazem o que desejam
Vinte e quatro horas por dia, gritam
Não há mais cura.

Chamem aí o psiquiatra
Só uma camisa de força
Terapia intensiva (no passado, era coça)
Mas, hoje, o remedio é tarja preta.

Quem sabe assim tenham jeito
Do contrario, somente um milagre
A tanto estrago feito.

Bebê de colo totalmente histérico
Os pais, uns cabeças de bagre
Dão 'aquele ar' numa criação de jerico.  

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Reality Show global



Disse Michel Melamed
Que, a ficção e a realidade
São uma coisa só
Eu aceito, e ainda dou um nó.

Digo: é a mais pura verdade!
Com a internet, instalou-se a eternidade
Estamos em casa e no mundo
Aos quatro cantos do planeta, todos nos observando.

A Rede tecnológica nos deixa a postos
E nosso mundico, via web, exposto
Pra quem quiser espiar.

Somos, na verdade, meros agentes de espetáculo
Dos Srs. Donos do mundo; ágeis sustentáculos
Do Capital e do Poder a nos manipular.  

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Perdão, Paulo Freire, V. Exa. não merecia isso não!




Sair às ruas tudo bem
Cada um tem livre-arbitrio
Mas, nesse caso, fora anedotario
De última e a educação deles está aquém!

É isso que dar uma Pátria analfabeta!
Vira piada pro mundo
Vinte anos de ditadura e os vagabundos
À toa, pedindo intervenção miltar; e nosso país cambeta.

Perdão, Paulo Freire, meu amado professor!
São uns doidos de pedra; desvairados e sem um pingo de pudor
Eles ouviram o galo cantar, mas não sabem onde.

Doidivanas, por que não vão morar em Miami com Lobão?!
Lá vocês acharão o que procuram, seus bobões!
Vai saber pra onde querem arrastar o bonde!