domingo, 31 de maio de 2015

Maria Bonita & Lampião


 

A mulher junto dele é uma santa
Mas, é ele dá as costas
Ela vira cão chupando manga
Um bicho...e as besteiras fogem das contas.

Tudo pode enquanto ele não chega
Bebe cachaça; nem aí com estresse
Sobe na mesa e faz stripe-tease
É doido, se ele me pega...!

Vige, que homi maluco!
A gente tem que dá uma de morto
Pois, senão ele puxa o trabuco.

Lampião, sou tua Maria-bunita!
Nunca esqueça disso, tonto
Pois, assim me deixas aflita.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Mishima




Kimatake Hiraoke
Poeta, dramaturgo, ator
Japonês de dar água na boca
Ser humano de muito valor.

Após fiasco de golpe de Estado
O chamado 'Mishima Incident'
Dera cabo de sua vida; malfadado
Dia!...morre o eminente...

Nobel que escrevera romances, novelas e teatro
Peças do aclamado Kabuki e Noh
Precisava ver tais espetáculos!

Seu pseudônimo de escritor
Yokio Mishama
Meu irmão dessa ocupação-mor.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Eu tô casado com o próprio




Ela tem as pernas de cambitos baleados
Cabelo espichado a ferro
A boca torta
Os dentes furados
A língua igual serpente
Dona increnca detesta banho
E, mesmo assim, se acha!

Eita, trem doido!
É esnobe que só a mulestia!
Ciumenta
Invejosa
E, mais, a bichinha é preguiçosa!

Querem mais?
É trambiqueira que dar gosto
Compra, vende, troca...é experts 
Também adora um fuxico
Linguaruda
Fala mal da própria sombra
Fanhosa
Umas calcinhas enfiadas no cu
Pinta as unhas de azul
Ronca que é uma beleza 
Pense numa quizila!
E, ainda, é tacanha
Não caga, pra não ter que gastar papel higiênico!

Tá doido! Casar-me com uma praga dessa!
Eu só podia tá cheio das gorobas!
Pois, até hoje não entendo como foi me acontecer isso!
Isso lá é mulher! Ela é o próprio!
Vai ser estropeada assim no raio que a parta!
Eu devia tá muito cheirado!
E tinha tomado todas nesse dia
Pra me juntar a uma mocréia louca assim!

domingo, 10 de maio de 2015

A Terra de Muro Baixo tem mais misterios do que tuas vãs filosofias!




A vida, nela, parece mais um Teatro do absurdo
Onde se chega, é uma nova peça
Tudo ensaiado qual as performances zecelsianas
O palco é armado ali mesmo; de boa!
Na longa fila do Banco do Brasil
Ou, na vígilia do Santuario da Mãe Rainha
Podes crer, a coisa é hilaria!
Fico somente olhando, e pensando
Isso apenas acontece nessa cidade de muro baixo!
O muído endoida qualquer cabeção
De quem não for descolado
Porque a sorte fora lançada.

As forças do cão vão te amarrando
Até a televisão é chamada
Vixe, que briga de foice
O caba fica sem saída
Já visse? É o imbroglio daqueles!
A pessoa não é bem quista
É o governador, o prefeito, a academia...
_Será que tu és Cristo?
Foste traído pela tua própria gente
E vais ser comido dia de domingo
Dar pra ti, ou queres mais?!

Cuidado com o capeta,
o capeta te pega
te pega daqui
e te pega de lá.

sábado, 9 de maio de 2015

Sören Kierkegaard deu-me esta lição




“ _ Arriscar-se é perder o equilibrio por uns tempos...
Mas não arriscar-se é perder a si mesmo pra sempre.”
Amei essa máxima do filósofo dinamarquês! Deslumbre
Total! Disbunde geral, igual a rosa dos ventos!

Que o diga os Senhores dos Sete Mares!
Mesmo com a maré baixa, é porrada
Não se poderá prevenir a nada!
Até mesmo o descobridor do Brasil, Pedro Álvares.

Expert na arte de navegar
E fera nas águas 
Aventurava-se; e sua expedição,égua!

Conseguira aqui chegar
Com Maria, Pinta e Nina
Na Bahia de Salvador (eita, vida silibrina!)

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Descartiano




Penso, logo poetizo!
A vida é um pensar constante
E eu, nesse barco, vou avante
Realizando meus improvisos.

Seja dia, noite ou madrugada
Não para! Vou conforme a maré
Devagar e sempre, pois tenho fé
Donde eu profetizo altas paradas.

Descartes se arrepiaria com a hibridez
Não me faltam ares pra cantar a realidade
Ainda, porque tudo bomba na interatividade.

A internet está na bola da vez
O mundo atingira sua democracidade
A vida é bela!Vivamo-la com altivez!

sábado, 2 de maio de 2015

Conversa entre as toupeiras véia




Assim, cê mata seu paipai!
Teu toupeirinho mal chega do trabalho
E é aquele xiado no pé das oreia. Caraio!
Com esse fuxico todo o bicho pega, maimãe!

O coração vei não guenta
É muito veneno num fuso errado
Desse jeito até lampião caia estatelado
Brinca não, fia; veja se te sustenta!

A vida é tão bela pra se viver apoquentado!
Quer coisa mió a gente está em paz?!
Só ficando do teu ladinho me satifaz.

A partir de hoje tá decretado:
Assim, que eu chegar vamo passear
Visse?! Como dois apaixonados, vamo namorar.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

À minha princesa




As rosas no roseiral
nessa esplêndida manhã
Parece um bordado artesanal
numa alegria e afã
de um louco sinal
toda a realeza deslumbrada
no palacio real
caso-me com a princesa encantada.

A formosura dessa dama
fez-me toda a diferença
seu príncipe a deseja e clama
quer consolidar as alianças
dos reinos; de forma
que assim, o casorio é certo
solução e estratagema
meu reinado está perto.

Será, pois, o mais belo anelo
muita festa com ricas ambrosias
comes e bebes no castelo
tudo com requinte e harmonia
um dia de Otelo
Shakespeariano, minha rainha!
Feito com muito zelo
e amor; com certeza.

A ti, princesa bela, eu te revelo
esta canção, que um cantador
virá a cantar no castelo
do teu, do meu, do nosso amor!