sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Chaplin, um vagabundo como eu



Ai, se todo vagabundo fosse como ele
O mundo, sem dúvida, seria melhor
Com toda a sua pureza e amor
Chaplin – ontem, hoje e sempre!

As plateias todas irradiadas
Com o seu olhar inocente
Que moço diferente!
E sua Arte da mímica extrapolada.

Utopias das utopias!
Como eu gostaria de conhecê-lo!
Cheirá-lo, até absorvê-lo!

Que figuraça!
Chaplin, minha grande inspiração!
Aprendi toda sua lição!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Judas Iscariotes



Traídor sem classe alguma
Através dum beijo de amigo
Traiu Jesus, por pratas, no abrigo
Cristo não teve culpa nenhuma.

Há traíçao e traíção!
E existe desde o início dos tempos
Iscariotes traíra sem contratempo
Fora um grandíssimo anticristão!

Assim, é a prática entre os humanos!
Vivem de beijinho e abraço
Mas, essas coisas são só percalços.

Barganhados ao seu bel-prazer
Amigos...amigos, negócios à parte!
A traíção, pra esses, é arte.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ecce Homo a priori



Muito honesto, sábio e bom caráter
Sem nada que o abomine
Data venia, sua história não o redime
Qui habet aures audiendi audiat.

É um homem vil, e cruel
E não tenho nenhuma dúvida
A sua astúcia é lema de vida
Bicho traiçoeiro do cão! É implacável!

Quem não o conhece, que o compre!
É fingido, e dissipa que é uma beleza
E ainda dá uma de santo. Que natureza!

Faz guerra pra ganhar em dólar
Mata crianças inocentes
Depois, ainda se diz complacente.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Aforismo nietzscheano



Se queres glória, renuncias à honra
Nietzsche deu outro tom à melopeia
No enredo de sua máxima ideia
Traz à tona algo que não o desonra.

A moral é tudo nesse mundo
Mas, muitos estão aquém do aquém
Em matéria disso, muito desdém
É tanto que o assunto ficara profundo!

Nada é fácil para o ser humano
Ele tem sempre que rebolar
Se quer sobreviver, há que lutar!

Quiçá sua vida não seja inglória
Pois, do contrário, não valerá a pena
E assim, ele ficará de quarentena.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Goethe e os mitos de sua época



O Poeta, queira ou não, é um Fausto do Goethe
Vive na eterna procura
Por uma vida plena de ventura
Que dê sentido à existência nesse planeta.

Na saga entre Deus e o Diabo
Mefistófeles, senhor dos anéis do mal, azarara por séculos
E, nessa terra de incrédulos
Que dão à fé, mesmo peso que aos quiabos.

A verdade seja dita: Deus é idolatrado à velocidade da luz
Tal Faustoeta deve ser antenado
Ao resto do planeta, pois seu destino fora traçado.

Pelos cânones dos Titãs
Os seus versos serão simples afago
Nesses Tempos atuais tão aziagos.


Chico é Chico aqui ou na Rússia



Eita, menino esquisito!
Que a Mama África nos apresentara
Chamboqueiro, com uma juba de leão e queridinho da galera
Canta que parece mais um periquito.

É a mistura de Macunaima e Grande Otelo
Pelé, Margareth Menezes e Carlinhos Broun
Poderia, como muitos, ter sido um pivete cara de pau
Mas, dera a volta por cima, virara nosso modelo.

De Catolé, toda brejeirice
Sua história é um estouro
Fechada, então, com chave de ouro.

Menino de talento invejável
Tem, no sangue, a marca registrada made in Angola
É da mesma raça que Pixinguinha e Cartola.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Arquidiocese da Paraíba



                     Pelos seus 100 anos de existência

Cem anos são pouco pra tanto trabalho
De um carinho especial
A Igreja Católica da Pb é mais que ministerial
Somos representados por sua fé, e eu muito acolho.

Representa toda magnanimidade
Celebrado com o seu povo; e toda bonança
De serviço de amor, paz e caridade;aliança
E vida dedicada à nossa cidade.

Missão que somente nos engrandecera por todos esses anos
Desde sua origem, a Igreja N. Senhora das Neves
Enlevara-nos com suas bênçãos. E firmes nos manteve.

A vivência com Jesus Cristo fora o que tivéramos de melhor
Hoje e sempre nessa casa de Deus
No memorial, toda gratidão à essa Igreja de cirineu!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Azul Português




O azul dos meus olhos
Diz-me sobre minha ancestralidade
Veio do meu vô materno
Coisas de nossa etnicidade.

Da gente de além-mar
Que aportaram no Brasil, pra nos colonizar
Cabral e os galegos do lado de lá
Naus e Naus vindas para cá.

Os olhos azuis do Seu Manoel
Tingiram os nossos no acasalamento
Próprio de todo cruzamento.

No caso, português e mulato
Essa é nossa história
Paixão guardada na nossa memória.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Uma peleja de lascar o caíco



O poeta na internet
Trava um combate de dar inveja
Todos a postos; e pior, sem um gole de cerveja
É um barato! Que danado é esse mote!

É muita criatividade dessa galera!
Cada poeta com seus dialetos
Criam laços e protestos
Ademais, só no Maracatú de Afogados de Ingazeira.

Há muita variedade da palavra
O Cordelista, também, se faz presente
Com seu pé fincado no repente.

Todos poetas muito à vontade
Divulgando suas poesias sem os urubus das editoras
Eu sou uma que aposto nessa máquina promissora.

De médico, poeta e louco temos um pouco




Quem nunca receitou um remédio pro colega
Deu chilique de pileque
Criou uns versinhos quando moleque
Sem jamais ter vestido uma beca?

Meu amor, essa é a praxe
A voz do povo nunca mente
Eu sou a própria, literalmente
Uso disso, e abuso do pastiche.

Somos um pouco disso tudo!
De médico, poeta e louco
Todos nós temos um pouco.

Já estava escrito nas estrelas
O homem é lírico e épico; e sua verve é pertinaz
Quem não acredita, fique esperto, e venha atrás.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Dinheirama pública nas mãos de salafrários

Um país como nosso
 Feito de ladroagem
 O 'cidadão de bem' é uma viagem
 Está mais pra carne de pescoço.

 Vive de roubalheira há anos
 Mamando nas tetas do dinheiro da nação
 Pinta e borda, mas se passa por bom cidadão
 Desses aí muitos são paraibanos.

 “Há mais coisas entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã filosofia!”
 Usurpando, desavergonhadamente, a grana pública
Com a cara mais lavada e pudica.

Estão, pra sociedade, acima do bem e do mal
Fazendo 'seus papéis' na educação, saúde e cultura
Não há mais jeito, a raça humana não tem mesmo cura!

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Resenha: Ser ou não ser, This is the question


Peça: Mercedes
Texto e direção: Paulo Vieira
Cia. Teatral: Galharufas
Patrocínio: FIC

              A vida é o pânico num teatro sem chamas
                                                         Jean-Paul Sartre


A Ditadura fora um regime antidemocrático, onde a participação popular fora cerceada total e irrestritamente. No Brasil, deu-se de abril de 1964 a março de 1985. Período de tortura e prisões de pessoas sem possibilidade de revisões judiciais. Aconteceu quando As Forças Armadas do Brasil derrubaram o presidente João Goulart e terminara quando o presidente José Sarney assumira a presidência.

A peça Mercedes traz a baila esse período conturbado da nossa história. Além disso, expõe o tema de forma pragmática, focalizando a vida de uma jovem que se envolve nos meandros tortuosos da ditadura, inclusive necessitando exilar-se. Faz o espectador, literalmente, descer aos porões das torturas, num momento intenso, concentrando-se, aí, o ápice dramático. Uma catarse! Mesmo porque fora escolhido a dedo o local da apresentação. O prédio do Teatro Lima Penante caíra muito bem; e o escoltamento fora de arrepiar tanto para os artistas, quanto pra todo pessoal que fora ver o espetáculo. Sim, porque fora como se entrássemos no próprio porão de tortura: rústico, escuro, quente, dando todo um clima de horror; ainda, aquela passagem lá por trás e aquela moça dizendo que a entrada era por lá, pela rampa que dá acesso ao palco e não pela porta da frente do prédio.  

A força dramática da peça, em voga, encontra-se na tríade Mercedes (a jovem, a madura na pessoa da Dra. Mércia e a Mercedes filha). Outra coisa bem legal, o lado poético,ou seja, a fantasia a partir do lance de cenas musicais de Janis Joplin e do Rock-Musical Hair.

Além do mais, apresenta-se com um elenco fantástico de atores, nas pessoas de Suzy Lopes (de performance teatral invejável, já reconhecida pelos pessoenses), Eulina Barbosa, Bárbara Hellen, Nika Barros e Jorge Félix.

Resta dizer que, Paulo Vieira escritor e diretor do texto é doutor em arte pela USP, onde defendeu tese sobre Plínio Marcos e professor no Departamento de Artes da UFPB desde 1982. 

Assim acabam por aqui minhas conjeturações a respeito de Mercedes. No entanto, faço ainda algumas reflexões referentes ao Teatro paraibano. Tipo: Por que o teatro paibano é tão ínfimo em relação a outros estados? Por que o teatro paraibano não se desenvolve como em outras capitais? Por que o teatro paraibano deixa tanto a desejar? E está sempre patinando na experimentação, se tem todo um aparato humano, técnino e de pesquisa?

Por quê?

Eis a questão.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Canção de amor à Simone de Beauvoir


Mulher fora de série!
Intelectual, filósofa, feminista, escritora
Com O Segundo Sexo fora minha mentora 
Uma francesa fantástica. Por Sartre, um mimoseeie!

Mulher que já na década de 40
Fora amada por homens e mulheres
Não se importara com os dossieres
De inabalável postura e resiliência.

Extrapolara os padrões da época
Nas suas relações, tudo menos a inverdade
Vivera assim a irrestrita liberdade.

Beauvoir fora uma mulher visionária
Nenhuma outra fora como ela
Até hoje apenas imitação barata dela.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Uma morte anunciada


Que mal fizeste pra te tirarem de órbita? Estavas no lugar errado?!
Não. Muito pelo contrário...!
Aqueles que te mataram tinham foco; otários!
Mas, por que só tu foste fulminado?

Eu pergunto: Por que esse tipo de coisa acontece?
Como num caleidoscópio, vem à  mente Hiroshima
E respondo: Não compensa nenhum tipo de chacina!
De tal histerismo só o bicho homem padece. 

Por que aquele rojão fora jogado?  
Pra matar bestamente alguém; no caso, tu Santiago 
Fazendo, na tua família, um baita estrago.

Não brinque com fogo, se não quiser ser queimado!
Essa morte (ou de outra pessoa) fora anunciada
Já há um ano atrás ela fora encomendada. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A TV do Big Bosta Brasil


Somos o que somos, bobo!
Não é nenhuma TV globo
Que mudará a direção do andor
Pois, não somos  nenhum robô!

Pra que temos o botão de desligar?!
O brasileiro tem muitas opções! Então, vamos sambar?
O que não falta é roda de coco, embolada, baião...
Festa a três por quatro, lindão!

"_Eu sou o sambaaaaaaaaaa
A voz do morro sou eu mesmo
Sim, Senhor". Vamos por aí a esmo?

A cada esquina um carnaval
Somos um povo do babado
Não precisamos dessa mídia de abegobado!   

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O ponto G não é a questão


Pena que muitas mulheres  o desconhecem!
Outras, sequer sabem do seu potencial
Muitas até conhecem, mas dar igual
Ficam a fingir prazer, e nem se as casadas confessem. 

Já disse Freud que é um pênis inacabado
Que há mais sensibilidade que o ponto G
Quantos mistérios?! Mas não carece o por quê!
Muitas são as pesquisas sobre esse órgão delicado.

É o único órgão humano exclusivo de prazer!
Tão substemado em seu valor
Às mulheres, ainda muito puritanismo e pudor!

Elas avançaram nas suas concepções sexuais
Porém, não valorizam suas próprias zonas eróticas
Faltam estímulos na região clitorica!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Amoooooooooo o face!





É piada das boas!É vício! Ele diminui as distâncias 
De quem tá longe. E aumenta o fosso 
De quem tá perto! Eita, chumbo grosso!
No facebook, vivemos no jardim da infância!

Tudo é lindo! E vicia como o jogo do bicho!
Estamos sempre em foco! Somos 'experts'!
Em tudo afiados. Somos show de posts! 
Amoooooo! Mas foi spam jogo no lixo.

Gosto muito de postar músicas!
De Bach à minha fofa Elba Ramalho!
Sou eclética e não gosto de mimalho! 

Curto mesmo teatro, cinema, artes plásticas etc.
Não gosto de intrigas! Posto apenas o que me interessa!
Porém, há paspalho pra tudo e fazem dessas!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O Homem precisa de parceria com os extraterrestres


Sondar os abismos da terra
Perscrutar a natureza em seu pormenor
Observar os astros...Isso os filósofos sabem de cor!
Tales preso ao céu, caiu num poço. Quem o desterrara?!

Se o homem não enxerga um palmo além do nariz
Como quer governar o mundo inteiro?
Com a globolização, a vil moeda é o forte no vilarejo
Qual seu quinhão? Uma vida por um triz!

Já era! São 6 bilhões de habitantes a mercê de tal metal!
A Terra se esvai, e pede arrego!
E seu futuro? Guerras e mais guerras... Não nego!

O ser humano está num beco sem saída!
Os seus dias já estão contados!
Vida? Só se for num planeta a ser explorado!