sábado, 27 de fevereiro de 2016





Negrinho brasileiro

Eu preciso admitir
O Negro em mim
É coisa pra rir
Está no meu sangue
Vem de pai pra fi!

Minha mãe, filha de português
Dos zoinhos azuis
Casara com um negro freguês
As crias se miscigenaram
E não houve quem tirasse a cor do viés.

Muitas intrigas na família
Preconceitos de todos os parentes
Como aceitar a senzala vadia
Passar os limites da casa-grande
Subir patamar com impáfia.

Negro sem vergonha
Não  sabe seu lugar?
Casar com Antônia...
Quem pensa que é,
Figurinha peçonha?

No cativeiro, tiro seu couro
Aproveitador, tem que pagar
Ainda nem é forro
Nego fedorento...!
Escravo não tem cérebro.

domingo, 21 de fevereiro de 2016






Um Sonho de Amor Agalopado


Amor, encostas os teus beicinhos
Eles tem gosto de quero mais
Amar-te é demais!
Contigo fico um santinho
Todo dia tão quietinho
Minha deusa, minha patroa
Não te quero por aí à toa
Digas que me amas, flor!
Do contrário, a canção destoa
Querida, és meu bem maior
Viver contigo é uma boa!

Somos almas gêmeas
Pra sempre, vou  te amá-la
Estou feliz em cantá-la
Quero-te tanto, minha fêmea!
O teu amor me balanceia!
O teu beijo é doce feito mel
Tanta coisa boa que é difícil botar no papel
Amar-te é por demais gostoso!
Tudo em ti és-me precioso
E isso é muito legal!
Teus olhinhos brilhosos...
Agradeço a Deus por ser teu!

Amo-te, eternamente, amor!
E, pra sempre, serás a minha fulô de laranjeira
Minha menina brejeira
Comigo jamais terás desamor
Amantes seremos, pois seu eu sou!
Muitas crianças correndo pela casa
Ai, como será massa!
Dormir e acordar do teu lado
No nosso paraíso dourado
Ficaremos em estado de praça.