sábado, 31 de agosto de 2013

Venham a mim as criançinhas


Dizia Jesus por onde Ele andava
Fosse criança, santos cuidados
Fórum certo e privilegiado
Bênçãos e bênçãos Ele lhe dava.

Hoje as coisas estão bem diferentes
Criança mata e esfola até seus pais
São arruaceiras e muito mais
Já não são mais aquelas de antes.

Criança de um, dois anos, não leva os pais a sério
Parece que fora desde dos ventres maculada
De nove meses de laboratório, estimulada
À mentiras, falsidades, leviandades e dispautérios.

Difícil é segurar a barra quando crescem
Os exemplos aí estão
Tem bandido de montão
Meu Padim, Pe. Cícero, cuida dos meninos  que não obedecem.

E pra completar a história
O Estatuto do jovem devíamos extinguir
Porque dar pano pra manga pro moleque seguir
Fazendo e acontecendo a sua desdita inglória.
                                                   

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Os Babões


Gente, é muita babação de ovo
Só existe falsidade
Baba daqui e dali
Não há nenhuma verdade
Os abraços são falsos
Numa tamanha desonestidade.

O Babão é fácil de reconhecer
Ele está sempre por aí
Pertinho de você
Não dá ponto sem nó. É  faquí.
A babação, pra ele, é arte
Encontrar-se-ão até no Apuí!

Vocês precisam convir
Detalhe:
O bicho é uma peste
Não há nada que o atrapalhe
Ele dá os seus pulos
Na sua ourivezaria, muitos entalhes.

Que bom negócio esse seu!
Eita, bicho pegajoso!
Baba, baba, baba, baba...
Tem outra coisa: taí, é corajoso!
Tá pra se ver outro!
A gente sente nojo.

O Babão tá por todos os cantos
É um figuraço
É epidemia
Porém, eu reconheço
Ele é muito esperto
Pois igual ele, eu não faço.

A lábia é o seu forte
E bota lábia nisso...!
Tum,tum,tum...
Na cabeça da gente, é isso
Um disco quebrado; sabe né?
Sempre digo, deixa disso!

Mano, fica  esperto
Qualquer hora ele te pega
Ele não tem senso
Fuja dessa pendenga
Não  há como
Que a faca cega!

Agora num país como nosso
Onde tudo é carnavalizado
As pessoas são babões em potencial
No ócio, tudo é teatralizado
Ganhando o que se ganha
Pobres de espíritos esses reles assalariados.



terça-feira, 27 de agosto de 2013

Complexo de Cindy


_Mozinho, quero  a fita métrica. Você sabe onde ela está?
_Não. Por quê? Aquela história de novo?
_Nada não. Preciso tirar umas medidas lá no banheiro.
_Outra vez a obsessão do pênis pequeno? Você está bem na fita, fica tranquilo.
_Não. Preciso medir de novo. Quero ter certeza mais uma vez.
_Amor, teu sexo me satisfaz. Isso é tudo. Devia satisfazer a ti também.
_É, eu sei! Mas, quero me certificar de novo se as dimensões estão corretas. Posso?!
_Pode, né! Porém, sinto no ar uma aflição sem motivos .
_Bem, quero tirar somente a prova dos nove, isto é, me certificar se tá tudo certo com as dimensões dele.
_Tá bem, benzinho. Mas, volto a dizer-te ,pra mim, tá de bom tamanho.
_Ok, fico feliz em me dizer isso.

Ivan vai ao banheiro fazer o exame do pênis. Na volta, Suzy inquieta.
_E aí, amor, como foi a medição? Deu tudo certo?
_Normal. Porém, desejaria que meu pênis fosse um pouco maior.
_Benzinho, tá de boa! Agora precisamos de mais carícias nas preliminares. Mais beijos, mais sensibilidade de sua parte. Mais estímulos e mais fantasias. Aí, sim concordo.
_Que mais?!
_Já te disse que tá de boa!
_Eu sei, querida. Vou melhorar minha performance romântica. Prometo!
_Taí, disse tudo! O tamanho é o de menos!
_Ok, Suzy! E aí, vamos às preliminares?
_Hoje quero tudo que combinamos, certo?
_Certo, meu amorzinho.
Nessa noite, tudo fora de acordo o combinado.



domingo, 25 de agosto de 2013

A Vila


Era uma vila muita engraçada
Não tinha dono, não tinha nada.

Todos podiam entrar ali no supetão
Porque na vila não havia portão

Ninguém podia viver na paz
Porque a alienação era voraz

Todos muito  experts em coisas aleatórias
Até a bosta, no ventilador, estourara na história

Ninguém na vila se falava
Porém a fofoca se propalava

Mas era feita com muito esmero
Na rua dos lobos, número Zero.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O Pavarotti dos Sertões


Oliveira de Panelas poeta idealista
Dispensa quaisquer apresentações
É  nosso Pavarotti dos Sertões
Com nove anos, marca sua pista
Em Panelas, já fez fama de artista
Carimba a sua vida de cordelista
Encantara com fita de tenor
É cabra da peste esse nordestino!
Coisa de Deus o seu belo destino
Toda glória para esse bom cantador!

Na cantoria, não dá pra outro poetar
Quando chega, a platéia até arrepia
Ele é  'the Showman' na categoria
Multifacetado o seu versejar
Inclusive, cria um novo prosear
Sua simpatia faz a todos gritar:
_Oliveira de Panelas, aquela...!
Na Cultura Popular, ele é o Cara!
Dono de uma voz afinada e rara
Viva ao cantador Oliveira de Panelas!

Com inúmeras músicas gravadas
Traz no repente nossa Tradição
Decassilábicos é perfeição!
Todas as estrofes bem estruturadas
Talentoso!Dá gosto à paraibanada
Fizera até filmes; e ama as noitadas
Não preciso dizer mais desse Tenor
É fera! Excelente profissional!
Ainda, levanta o nosso astral
Incrível, talentoso, o Poeta D'Amor!


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A Seca & O Sertanjo


A seca nordestina
É fruto da inoperância dos governantes
Eles não dão a mínima pra esse povo sofrido
Mais, esse povo aguerrido!
Que vive à  míngua com tanta estiagem
Sem nem feijão já que não fizeram armazenagem
Então, logragrando dos políticos apenas pabulagem
Êta raça interesseira! Só pensam nas maleditas eleições!
Debocham do sertanejo
Sem pudor, nem pejo
Gentalha, sem considerações!

Ó, seca medonha!
Água somente sendo milagre
O sertenejo, na labuta, coitado com cara de bagre
Não arreda  pé dessa situação estranha
E, no São João,  ainda fazem pamonha
Gastronomia da matuta cozinha
Não há quem não repita
Ainda leva outras tantas pro café da manhã
Primeiríssima iguaria feita por essa gente cristã
Que não desarreda de sua desdita.

A fome e a sede do sertanejo
Não serão aplacadas com discursos disgastantes
Menos ainda, com carismas de governantes
É necessário mais que tais desejos
Candidaturas, reeleições, todos esses cortejos
Rituais de chuva apenas são festejos
Lambança de políticos
De tanta coisa supérflua
Que enoja e engulha
Com tanta bazófia só deixa os sertanejos patéticos.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

O Bullying


O Bullying, hoje, é uma realidade
Se o indivíduo é preto, pobre, e nordestino
Daí, são todos uns cretinos
Isso é muita maldade!
Quanta crueldade?
Pra mim, é muita desumanidade!
Não precisamos bulir assim com ninguém
Com tamanha azaração
Desse modo não teremos salvação
Deixem disso, parem com esse desdém!

Olhem  suas atitudes agressivas
Nosso cérebro pode ser mais criativo
Ponham de lado seu sentimento negativo
As pessoas não são escravas cativas
Parem com essas ações propositivas
Senão sua vida não será nada positiva
Os apelidos pejorativos só fazem humilhar
Criança e adolescente desejam amor e consideração
Não sejam covardes! Peçam-lhes perdão!
Por conturbar o ambiente com todo esse molinar.

Se as pessoas não têm empatia
Saiam e encontrem suas gangs
Dêem um passeio; curtam num Mustang
Instiguem-se na vida com simpatia
Não deixem que a raiva lhes contagia
O Bullying é praga que nos contraria
Sejamos mais sociáveis
Temos capacidade pra melhores ações
Portanto, parem com tais agressões
As ditas cujas não são aceitáveis.

A TV brasileira e o social



Quem lembra quando não havia TV?
As famílias todas muito grandes
Os casais não faziam mais que 'chacanabuchaca'
Os filhos eram stands
De hombridade e amor
A sociedade se enchia com essa  bondade.

O grande número de filhos dizia tudo
A mulher embuchava todo ano
Os bruguelos mal saiam andando
A mãe estava prenha de outro
Os cueiros estalando.

Vixe!Era minino de mói!
A casa era cheia que fazia gosto
Não faltava serviço pra fazer
A pareia não tinha tempo nem pra desgosto
Os cônjuges felizes que era uma beleza...!
Não precisavam de mais nada; viviam compostos.

Os passarinhos na gaiola
Cantavam que era uma felicidade...!
A parentada toda a visitá-los com presentes
O 'xixi' do bebê àquela irmandade
Muita canja, na dieta, pra mulher ganhar força
A festa familiar na maior simplicidade.

Tanta paz no viver daquele povo
Não se precisava de muito
Na hora D, chamava-se a parteira
Pouco tempo depois, o choro solto
Corre ali, chama o pai!
E o felizardo com aquela cara de boto!

Às vezes, a alegria era tanta
Mais ainda, se o bebê urinasse pra cima
Espirrando  no carão do dono da casa
Aí, sim, esquentava o clima
A branquinha entornava por toda casa
Então, não se necessitava de laranja lima.

Quanta sorte daquela gente de outrora!
A felicidade era uma só
Encher a casa de filhos
Um punhado de amor
Ser macho pra valer
Também, não carecia muito quiproquó.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Bomba, bomba! Macaco Simão, urgente!


Execução de família de PMs  em Sumpalo
Estoura na internet
Facebookianos a mil
Todos querem a verdade, ó peste!
Que venha à tona
Sabemos que foram os próprios amigos do colete.

Macaco Simão, temos urgência
Pois, é muita truculência
Deixem de enrrolação, sus delegas!
Onde estão os Direitos Humanos que não vêem essa violência?!
Na mídia, muitas controvérsias
Fica até feio pra polícia tanta discrepância.

Ô, Macaco Simão, é bomba!
Garoto sai como bode expiatório
E a sociedade não é boba
Vexame e sacrilégio
Fiquemos todos de olhos bem abertos
Faz-se mister a verdade com critério!

Bomba, bomba em Sumpalo, Macaco Simão!
Mas, ecoara por todo país
Imaginem quando noticiarem o correto
A bosta se espalhará por todos os canís
De continente a continente, também
Destruindo os tais famigerados ardis.

Bomba! Bomba!
Que o Macaco Simão não me morda!



domingo, 11 de agosto de 2013

ABA, PAI!



Graças a Deus pelo meu pai!
Por essa graça, agradeço-Lhe
Por está vivo
Por ter nascido. Graças a Ele!
Aba, Pai!
Obrigada por viver!

Aba, Pai!
Paizinho,  Seu Zé!
Sua careca brilha com o sol
Eu tenho fé
Que a vossa verdade
Continue nos céus inté.

Aba, Pai!
Da terra e do ceú
Pai é pai!
Não precisa mais de mel
É bênçãos!
Nada melhor de se ter
Agradeço-Lhe muito pelo meu.

Aba, Pai!
Sem vós, eu não existiria
Eu era nada
Sois minha fortaleza e valentia
O meu Início, Meio e Fim
O meu Lar da misericórdia.

Aba, Pai!
Sou a vossa filha querida
E sei disso mais que ninguém
Sei que sou, Pai,  vossa filha amada
Daí, do fundo do meu coração
Somente posso dizer-lhe Obrigada!

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A la Esopo (IV): A Serpente, o elefante e o tracajá


A dona serpente muito astuta era somente mirabolantes planos. Ela jamais gostara de um dos seus vizinhos. Especialmente no seu jeito de ser paradão.  E também dos seus passos macios como nenhum outro ali da redondeza.  Dna. serpente era a própria deusa do pedaço. Tudo que desejava era alcançado. Uma, pois era a D.flecha personificada. Incansável era a dna. serpente. Outra, não perdia uma parada. Entretanto, o seu vizinho que vivia parede e meia com a dita cuja, não mudara o passo. Era o de sempre. Vivia numa paz de dar inveja. O mundo poderia cair na sua cabeça,  que não estava nem aí. Daí, acontece o pior. A sua esperta vizinha começara a se incomodar com  o seu tracajá. Daí, bolara um plano pra atacá-lo.  Fora até o pacato vizinho e combinara uma corrida.  Toda prosa dizia com seus próprios botões: _Agora, tracajá, tu terás o que mereces! Vou mostrar-te com quantos paus se faz uma canoa. Não cansas de esperar. Se pensas que ficarás nessa vida mansa, estais redondamente enganado.
Então, chegara o dia D.  Dna. serpente toda faceira. O tracajá muito ansioso. Os dois a postos pra largada. Na hora h, seu elefante, como toda bicharada ali privilegiando os colegas atletas, pisara no rabo da dna. serpente. Ela não pudera dar um passo. Puxava daqui e dali, e nada. O rabinho preso estava e ficara até o final da corrida. Enquanto isso, o vizinho tracajá ganhara a corrida. A comissão julgadora o elege vencedor. Dna. serpente ainda tentara de tudo pra anular o evento. Porém, em vão já que não convencera ninguém com seu depoimento. Assim, a paz voltara a reinar pro simpático tracajá. A estória entrara por uma perna de pinto e saíra por uma perna de pau. Quem sabe contar estórias que conte mais quatro.        

As Torres gêmeas do World Trade Center como inspiração


A quem interessa tal projeto?! É, porque, com certeza, tem alguém se favorecendo com todos esses paredões de concretos que se espalham por toda margem litorânea de João Pessoa! Se expandem tipo num passe de mágica. À velocidade da luz. Os espigões estão tomando a cidade, mas a proporção maior é à margem da orla, abarcando quatro das praias mais belas da cidade. Vão desde da praia do Bessa, passando por Manaíra, Tambaú e Cabo Branco e chegando quase à praia da Penha. Nisso temos aí uma boa quilometragem de orla.
Aonde isso vai parar?! Será que o intuito é aprisionar o vento apenas pra os riquinhos que residem nessa parte privilegiada da cidade?!É, porque do jeito que as coisas andam, parece que querem acabar com a ventilação do resto da capital pessoense!O paredão já é uma realidade. E se acham que estou mentindo, dêem uma passadinha por tais imediações, e vejam com seus próprios olhos. Penso que querem transformar João Pessoa num inferno. Pois, essa cidade não comporta o que fizeram com Recife e Fortaleza. O espaço é muito pequeno entre tais praias e a cidade baixa, isto é, o Rio Sanhauá. Parece que desejam transformá-la numa Selva de pedra.  
Daí, a minha indignação. Onde estão os urbanistas? Ambientalistas? As autoridades 'dessa joça'? Fico 'puta' com essas 'fuleragens'! É um disparate um negócio desses na nossa cidade! Na minha opinião, tem muito 'branquinho dos óio azul' ficando milionário com esse projeto macabro. Falo isso porque, com a crise na europa tem vindo muitos gringos residirem aqui. Em sã consciência, não tem como concordar com tanto disparate. Goste quem gostar, (foda-se quem foder!) eu detesto toda essa 'putaria'! (esse melindre todo, pois existe muito leitor furreca que não gosta de ouvir -muito menos enxergar certas palavras!- É, mas há horas que é preciso baixar de nível mesmo!    
É preciso se fazer urgente alguma coisa pra estancar toda essa loucura! Senão não sei as proporções desastrosas que alcançaremos! A não ser que queiramos ficar batendo palmas pra esse louco show business da construção civil! Essa explosão do concreto armado a transfigurar o nosso paraíso num cenário de terror! Falo assim exagerando, pois é sério! Creio que estão querendo transformar João Pessoa numa Nova York do nordeste com todos esses arranha-céus!
Tem mais, quanto mais espichar pro alto, menos qualidade de vida aqui embaixo. Pensem em São Paulo! Aquele mundo triste e cinzento. As pessoas lá no alto. No trigésimo não sei quanto andar! Como será se der um apagão geral? E outros e outros problemas. Um terremoto! Sejamos mais conscientes! Cadê o projeto que a capital tinha de somente construir prédios com poucos andares? Engavetaram? A ganância falou mais alto foi? É, também tem disso! O homem é um bicho esperto quando a história é o vil metal!    
Palavórios à parte,  voltemos ao assunto que é melhor, urge  um maior controle nesse despautério todo. Não poderemos nos omitir, pois dependerá  nosso futuro. Qualidade de vida se tem quando se faz por onde. Atentemos pra toda essa brutalidade para com nossa cidade!
Enfim, digo-lhes que como os senhores torço por melhores dias, conterrâneos! O futuro está logo ali na frente. Fechando o papo, então, às vezes é preciso ser visionário e enxergar mais adiante! E pra não ficarmos amanhã chorando o leite derramado, façamos algo hoje. Assim, deixo-lhes um pensamento do inesquecível poeta e compositor Mário Lago: "O tempo não comprou passagem de volta. Tenho lembranças e não saudades."