terça-feira, 28 de abril de 2015

Ode à Safo




Que vinho é esse que quanto mais se bebe
Mais, se quer beber
Estou extonteado
De que videira, a sua uva fora sacada?
Que tanto me enebria
Deixando-me tonto de amor
Amo-a perdidamente
É, sei que sou apenas teu escravo.

Rolei pelas noites a meu bel-prazer
Ao sabor fortuito do sonho
Delírios e delirios mil
Maltratava-me de paixão; iria ao inferno
Se preciso fosse
Na escuridão da noite, minha sofreguidão
Tu, amada minha
Tão distante; e eu cá apetecendo-me de prazer.

Oh amor meu, és a minha vida a palpitar!
Instigas toda lisonja
O céu, o céu, me inspira: De verdade
Amar-te é a minha própria felicidade
A paz dourada
No firmamento, uma constelação a brilhar
Aqui, na terra, os mais ardentes beijos são pra ti.

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