quarta-feira, 23 de maio de 2012

Uma nova Canção do Exílio


O meu bairro tem cajueiros
Onde cantam os passarinhos
E as aves que aí gorjeiam
Sabem muito mais de mim.

Na solidão da noite
Ao luar, eu muito lânguida
Vivo à espera noctívaga
De uma vaga mudança.

O meu bairro tem cajueiros
Onde gangues marcam suas vítimas
São tantas as lágrimas
O nosso pranto é sem fim.

Do pesar cá no meu peito
Essa é a tônica afim
Não permita Deus que eles morram
Sem encontrarem o Seu caminho, ó Pai!

Com tanta dor e tristeza
Prefiro caminhar por Sua estrada
Nesta terra, há tantas atrocidades
Que até Deus duvida.


O meu bairro tem cajueiros...,uuuuui!
Viver não tem mais razão de ser
Tudo está tão esquisito
Não adianta viver.

Deus permita que volte a almejada paz
E que não soframos jamais
Os malandros estão às soltas
Eu e meus vizinhos presos em masmorras.

Essas aves são também símbolos de nova esperança
_ Que a paz vigore os nossos corações!
Os lares de cada morador do Bessa! _
E arremato. Que seus Ninhos de amor tragam nossa infância perdida!
Visse? Na Praça do Caju, as famílias sejam felizes
Troquem todas as figurinhas
De paz e felicidade
Empunhemos todos a bandeira do Amor!

Que meu bairro daí prá frente
Continue muito melhor
Eu confio Nele.Ou melhor
No Onipotente e Onipresente.

2 comentários:

  1. Maravilhoso. Vamos começar bem a semana. Força. Fé. Alegria !

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  2. Poesia da paz, das famílias e dos cajueiros!
    Beijos de Minas Lourdes!

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