sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Zé Limeira no trombone



O Poeta do absurdo
Fora homem inventivo
Vivera em Teixeira na Paraíba
Negão, alto e muito criativo
Ótimo na arte de improvisar
Forro, antes cativo.

Fizera muita cantoria
Nos bordeis e feiras de Campina
Não havia quem não o conhecesse
Em seus dedos, vários anéis de platina
Um lenço vermelho no pescoço
Reconhecido, inclusive, na Palestina.

Pense num Poeta Porreta!
Poetizara por todo Sertão
Não gostava de conversa fiada
Ligado só no seu ganha-pão
Afeito apenas à poesia
Ganhara fama e galardão.

As muieradas todas apaixonadas
Pelo charme daquele homenzarrão
Ele não queria nada com ninguém
Ele era afeito ao seu coração
Fiel a quem o amava
Não ligando pra aquela azaração.

Eita, Poeta Porreta!
Até hoje muito querido
Nós lhe agradecemos
Cantara sonhos contidos
Em seus versos e poética
Seus repentes jamais serão esquecidos.

No lombo dos burricos
Levara a poesia a todas paragens
Ficará, pra sempre, na nossa lembrança
Ele não tinha pabulagem
Fora um paraibano do bem
Um figuraça!Conhecê-lo fora uma viagem!

Ele era mesmo o próprio absurdo!
Por isso, boto a boca no trombone
Mas, sei que Tejo fora bem além
Empacotara os versos dele em papel-celofane
Embalara até deliciosos rocamboles
Chamando pra comes e bebes por telefone.

Concluindo, meus parabéns
A todo meus conterrâneos!
Pois, é muita sorte
Um Poeta com absurdos instantâneos
Não é pra todo mundo não!
Isso é fora de série e de muito tutano.

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