sábado, 27 de fevereiro de 2016





Negrinho brasileiro

Eu preciso admitir
O Negro em mim
É coisa pra rir
Está no meu sangue
Vem de pai pra fi!

Minha mãe, filha de português
Dos zoinhos azuis
Casara com um negro freguês
As crias se miscigenaram
E não houve quem tirasse a cor do viés.

Muitas intrigas na família
Preconceitos de todos os parentes
Como aceitar a senzala vadia
Passar os limites da casa-grande
Subir patamar com impáfia.

Negro sem vergonha
Não  sabe seu lugar?
Casar com Antônia...
Quem pensa que é,
Figurinha peçonha?

No cativeiro, tiro seu couro
Aproveitador, tem que pagar
Ainda nem é forro
Nego fedorento...!
Escravo não tem cérebro.

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