segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A la Esopo (IV): A Serpente, o elefante e o tracajá


A dona serpente muito astuta era somente mirabolantes planos. Ela jamais gostara de um dos seus vizinhos. Especialmente no seu jeito de ser paradão.  E também dos seus passos macios como nenhum outro ali da redondeza.  Dna. serpente era a própria deusa do pedaço. Tudo que desejava era alcançado. Uma, pois era a D.flecha personificada. Incansável era a dna. serpente. Outra, não perdia uma parada. Entretanto, o seu vizinho que vivia parede e meia com a dita cuja, não mudara o passo. Era o de sempre. Vivia numa paz de dar inveja. O mundo poderia cair na sua cabeça,  que não estava nem aí. Daí, acontece o pior. A sua esperta vizinha começara a se incomodar com  o seu tracajá. Daí, bolara um plano pra atacá-lo.  Fora até o pacato vizinho e combinara uma corrida.  Toda prosa dizia com seus próprios botões: _Agora, tracajá, tu terás o que mereces! Vou mostrar-te com quantos paus se faz uma canoa. Não cansas de esperar. Se pensas que ficarás nessa vida mansa, estais redondamente enganado.
Então, chegara o dia D.  Dna. serpente toda faceira. O tracajá muito ansioso. Os dois a postos pra largada. Na hora h, seu elefante, como toda bicharada ali privilegiando os colegas atletas, pisara no rabo da dna. serpente. Ela não pudera dar um passo. Puxava daqui e dali, e nada. O rabinho preso estava e ficara até o final da corrida. Enquanto isso, o vizinho tracajá ganhara a corrida. A comissão julgadora o elege vencedor. Dna. serpente ainda tentara de tudo pra anular o evento. Porém, em vão já que não convencera ninguém com seu depoimento. Assim, a paz voltara a reinar pro simpático tracajá. A estória entrara por uma perna de pinto e saíra por uma perna de pau. Quem sabe contar estórias que conte mais quatro.        

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