quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Helena, beleza que derrubara gregos e troianos


Doidamente por Páris sequestrada
Acompanha-lhe de livre vontade
Seduzira-a, por ser uma beldade
A sua filha, Hermíone, ficara pra trás
Menelau, cornudo, sofre demais
Inconformando-se, segue-a sequaz
Helena é, então, por Páris roubada
Não fugindo ao seu destino
Fugira a tempo na batida do sino
Desejando mais; quisera ser amada.

Helena, ao menos, conjectura
Amar era o seu defeito
Aquele troiano era o eleito
Correspondera-lhe à altura
Presenteia-lhe com seda pura
Tipo, coisa de cultura
Àquele amor, por todos celebrados
Príamo e Hécuba se calaram
Tanto entusiasmo, os sensibilizaram
O casal fora, então, agraciados.

Helena fora além do seu tempo, danada
Não consta em obras antigas
Nem mesmo tributo do feito que instiga
Helena é falada e menosprezada
Em Esparta, se antes era divinizada
Após o adultério, é apedrejada
Hermíone, sua filha com Menelau
À época, coitada, sofre humilhação
Desdém e polemização
Fecha-se assim esse causo abissal.

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