sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Ente muito solitário (Ou Soneto III)


_ Vá, encontre um lugar pra si no mundo!
Não tenho mais o menor interesse no que diz.
Seja o poeta épico ou lírico, assim, lhe condiz
As palavras lhes obedecem; pisam fundo.

A sua obra já não lhe pertence; extrapolara
Imaginário levado pelas asas do Condor
Que se desabrocha num eventual leitor
O Poeta, ainda mais solitário, ficara.

_ Caístes, em minhas mãos, a tempo
De aliviar  esta minha solidão
Já que não tenho sequer um cão.

Coisa de humano! Viver é exortar
O caminhar da individualidade
Desde que aporta à maternidade.

Um comentário: