segunda-feira, 12 de setembro de 2011

GALEGA SARARÁ




Desde que nasceu
Quando abriu os óio
Sua mãe a viu
Logo lhe deu o peito
Dos zoinho azul
Do cabelo crespo.



Desde pequeninha
Muito espevitada
Não oiásse prá ela
Que queria encrenca
Perguntava logo
Se queria foto endereço.


Era bem lorinha
Do pelo pixauim
Atenta a tudo de bom
Mas também de ruim
Não tava nem aí
Quem lhe achasse prego.


Eta sangue ruim
Sempre a resposta ali
Na bucha, e na hora
Gostasse quem gostasse
Dava no mesmo
Já nascera assim.



Seguiu desse jeitinho
Prá vida toda, não criou juízo
Quem não gostasse
Que se ferrasse
Até o coitado do Papa
Que lhe engolisse.


Foi, foi, foi...
Levando a vida
E ela também levando
Casou-se com um destrambelhado
Caba ruim; não contou conversa
Arrancou-lhe o couro.


O mingau desanda
Ela puxa a peixeira
Tira-lhe um bife da orelha
A coisa fica feia
E a PM chamada.


A galega sarará
Não liga prá nada
Dança, no baile, até o sol raiar
Rodopia pelo salão
Dá tanto encontrão
Nos cabras de Moçambique.


A moçada detona ela aos gritos
_ Galega sarará, galega sarará...
Nesse ínterim
É que aí a bomba espoca
Pega fogo o estopim
E não presta a parada.



Era negro prá todo lado
Parecia mais uma boiada
Uns caem de mau jeito
Outros, são atropelados
E a galega nem aí
Assim a festa é decretada.



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